terça-feira, 7 de janeiro de 2014

As Cortinas se Abrem ao Peregrino

A Juventude de Baco, de William Bouguereau (1884).
A Dionísio
O homem é a migalha do Universo
Que ousou escrever no caos da vida
– Tanto em prosa quanto em verso –
O texto duma peça incompreendida.

E por mais que nela esteja imerso,
Pois sua criação já lhe é conhecida,
O roteiro sempre é muito perverso:
 – Antes do texto a cena já foi vivida.

Por isso, não adianta ser esperto
Pois na imensidão de tanta ousadia
Neste tablado o aplauso é incerto.

Assim, corremos à ribalta da alegria
– Sentindo o público bem de perto –
Desta peça de um palco sem coxia.

07/01/2013