A Juventude de Baco, de William Bouguereau (1884). |
A Dionísio
O homem é a migalha do Universo
Que ousou escrever no caos da vida
– Tanto em prosa quanto em verso –
O texto duma peça incompreendida.
E por mais que nela esteja imerso,
Pois sua criação já lhe é conhecida,
O roteiro sempre é muito perverso:
– Antes
do texto a cena já foi vivida.
Por isso, não adianta ser esperto
Pois na imensidão de tanta ousadia
Neste tablado o aplauso é incerto.
Assim, corremos à ribalta da alegria
– Sentindo o público bem de perto –
Desta peça de um palco sem coxia.
07/01/2013